domingo, 14 de novembro de 2010

Feliz Ano Velho!



O ano precisa estar acabando para as pessoas verem que ele não foi melhor que o anterior. Vendo por esse lado que perda de tempo aquelas promessas todas ein? É sempre assim, arrisco dizer que é um círculo vicioso todas essas superstições de ano novo, não que eu não acredite nelas, mas em uma delas eu não acredito: nas promessas. Todo ano a mesma coisa, emagrecer, ganhar dinheiro, arrumar um namorado e blá, blá, blá. Isso acontece todos os anos, como as pessoas ainda não viram que elas raramente se realizam assim do nada? São muito tapadas mesmo.
Eu não to falando que as coisas não podem melhorar para alguém no novo ano que dá as caras, porém não é assim do nada que as coisas mudam, apenas pedindo, é com esforço e fazendo alguma coisa. De nada adianta sentar no sofá, comer feito uma porca e esperar emagrecer como resultado de promessa do novo ano. Ó doce ilusão. Isso não vai acontecer, sorry!
Todo mundo fica o tempo todo falando que um ano novo virá e tal, até parece que os anos anteriores serão apagados e todos começarão do zero, não funciona assim, depois que o porre de espumante acabar, você verá que os seus velhos problemas ainda estão ali, quase gritando “surpresa” pra você e provando que o ano novo nada mais é do que a troca de calendário!
E agora que o ano está acabando de novo, como todos os anteriores você verá que esse ano foi tão ruim como os outros, e que aquelas promessas todas feitas regadas a álcool não se realizaram e que você já está pensando no pedir de novo na próxima virada. Isso é triste.
Ano novo só é realmente novo quando alguém decide fazer do próximo ano um ano diferente, não calçado em superstições, mas em algo mais sólido, palpável. Ninguém deve abandonar a lentilha e nem a carne de porco, porém não são somente elas que irão modificar a sua vida. E se você pediu para emagrecer, elas vão até piorar.
Agora pense bem, aquele fiasco do dia 31 no qual você não só bebeu demais, mas fez várias outras coisas demais valeu a pena? Toda aquela comemoração exarcebada e vergonhosa deu resultado? Não sei não. Aposto que o Sr. Ano Novo deve rir de toda essa ingenuidade e usar fones na virada de ano, eu não gostaria de ser ele, até porque meu ouvido não é pinico. Só me resta algo, desejar Feliz Ano Velho.

Marília Dalenogare

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

The Big Bang Theory



Eu vou confessar que eu não era muito fã de séries, não conhecia muito e nem gostava do modo como as histórias se alongavam, não que eu ame séries agora, ainda não, mas eu to conhecendo algumas legais e vendo o quão boas elas podem ser. Exemplo disso é a hilária e inteligente The Big Bang Theory, uma série que já está na sua quarta temporada, a qual está passando atualmente, que começou a ser exibida em 2007 e meio que é um super sucesso, e eu sei porque. Ela é uma série de comédia, diria que das boas, mas não é essa comédia pastelão dos filmes atuais, mas uma comédia inteligente feita pelos personagens, os quais são verdadeiramente engraçados –com a ajuda dos ótimos atores logicamente- e transformam um simples texto em uma coisa muito divertida.
A série tem como plano de fundo a física, os laboratórios de pesquisas, histórias em quadrinhos, super-heróis e tudo mais que existe no mundo dos nerds. Ela conta a história de Sheldon e Leonard, dois físicos que dividem apartamento e que só tem dois amigos insuportavelmente nerds também, até que chega uma nova vizinha no prédio e mexe com o comportamento desse quarteto bem tapado. Mas isso não tem nada a ver com Show de Vizinha, pois pode lembrar, não, é muito melhor e muito mais inteligente.
Essa série é feita principalmente para pessoas que gostam do mundo virtual, de quadrinhos, para geeks, melhor dizendo, pois o texto dela é feito todo a partir disso, e acredita na inteligência da audiência, pois as piadas são bem boladas e o roteiro não trata o público como um bando de idiotas e toscos com situações manjadas e blá blá blá.
Não é que eu não goste dos outros personagens, mas o grande sucesso da série com certeza se deve ao Sheldon, um físico muito inteligente, anti-social, neurótico e com muitas manias estranhas e bizarras. Ele é tão engraçado e estranho, a personagem é simplesmente sensacional. Mas claro que os outros também são responsáveis pelo sucesso da série, mas talvez um pouco menos do que o Sheldon. O ator demonstra principalmente nas últimas temporadas como ele já está totalmente confortável com o papel, de uma forma intrínseca.
O que também é interessante é que ela não vai perdendo a graça ao longo das temporadas, ela segue do mesmo jeito, alguns não gostam disso, dizem que é sempre a mesma coisa e tal, mas não tem porque mudar se é tão bom assim.
Outra coisa deliciosa é a música da abertura da série, é demais mesmo. Com certeza essa série foi uma das melhores descobertas minhas esse ano, eu sei que eu estou meio atrasada, mas estou recuperando o tempo perdido e já sou uma grande fã. A melhor série de comédia de todas, não sei se a culpa é dos atores, das personagens, do roteirista, não importa, só sei que isso funciona muito bem junto. Bem demais até, que a gente se pega pensando “Meu Deus como eles conseguiram pensar nisso?”.


Marília Dalenogare.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Síndrome de contos de fada




Uma crítica que eu geralmente ouço e acho bem sem cabimento sobre cinema é sobre a ausência de finais felizes nos filmes. Eu sei, que em comédia romântica é quase obrigatório e que em outros gêneros também é legal, eu não sou uma anti-felicidade, mas é que as vezes tem filmes que pedem algo além disso, além do óbvio, que lidam com uma coisa mais subentendida, mais nas entrelinhas e as pessoas cagam em cima desses filmes, acham uma merda, isso é porque elas não entendem o que aquilo quis passar, o que aquele silêncio, o que aquela coisa vaga significavam, e daí pra variar já saem criticando. Olha essa síndrome de contos de fada atacando as pessoas, a maioria das pessoas já vem mal acostumada desde a infância quando são apresentadas aos contos de fadas e todas aquelas princesas felizes e felizes, que só sabem ser feliz.
Será que sou só eu que vejo beleza em fins tristes e dramáticos? Acredito que não e sinceramente espero que não. Não é só porque aquele casal não acabou junto que o que eles viveram juntos não valeu, é algo assim. Porque se você parar para pensar sobre depois que o filme acaba, o que resta? Felicidade eterna? Não, pode apostar que não, será que aquele casal que se acertou no final do filme nunca mais vai brigar e vai viver em um mundo doce e de perfeita harmonia? Absolutamente não. Então é só você pensar que o roteirista do filme está te poupando de ficar imaginando o depois e já faz eles brigarem ali pra gente entender o que acontece, nos adiantou um tempinho, como se ele nos mostrasse o futuro nos mostrando o presente. Olha que gentil da parte dele.
O que os personagens viveram foi legal, eles foram felizes, mas não quer dizer que eles tenham que passar o resto da vida sorrindo, é castigo demais, isso é só pro Coringa.
É por isso que eu gosto de filmes do Woody Allen, por exemplo, porque ele nos mostra algo mais próximo do real, algo mais palpável, do que a maioria dos outros, ele nos mostra que o grande final feliz não existe, pode existir sim uma longa vida feliz dos personagens, mas não apenas um momento onde eles são felizes e as letrinhas sobem, por isso os finais dos filmes dele são meio abertos, pois os momentos felizes podem vir ou não, de uma forma natural.
Um bom exemplo disso que eu to falando é o filme 500 dias com ela, onde o casal não fica junto no final, e eles não morrem por isso, a vida segue normal, tanto ele quanto ela arrumam outras coisas para fazer além de cortar os pulsos, e é um filme ótimo mesmo assim, na verdade eu acho que ele é ótimo por ser assim,
Mas é óbvio que em determinados filmes um final feliz é o certo, não que isso seja errado, o chato é as pessoas não saberem apreciar os filmes que não tem um final redondinho e nauseante. E eu concordo que quando se trata de romance o melhor é tudo dar certo no final, mas também tem alguns filmes legais, onde as coisas não dão certo e é bem legal também. O lance é saber apreciar o que o filme quer te dizer e não crucifica-lo por ele não ser tão hiper, mega, super feliz. Na verdade o grande barato é enxergar beleza nas coisas tristes e nas coisas naturais. Isso é arte. Isso é a sétima arte.

Marília Dalenogare

sábado, 2 de outubro de 2010

Se for pra ser romance que seja clichê!




Se for pra ser romance que seja clichê. Não adianta, ninguém vai procurar por um filme de romance sem querer ver aquela coisa toda melosa na tela, que chega até ser enjoativo, mas a maioria das pessoas gosta disso, é fato. É difícil alguém ficar feliz com um filme onde o enredo e desfecho são diferentes, é por isso que muitos filmes alternativos, que inovam não emplacam entre o público, claro que salvo algumas exceções, porém não falaremos das exceções aqui. Mesmo criticando todo mundo quer um incentivo cinematográfico para acreditar que o amor pode dar certo. Ó doce ilusão, essa gurizada não tem jeito. Mas é assim, é uma coisa automática desejar que tudo dê certo. Mas nem tudo são flores, tem que ter também a parte da briga, porque sem briga não pode haver reconciliação. Ó lógica! Pois o clímax desses filmes é justamente a parte da retomada onde todos ficam felizes e sorrindo feito idiotas ao assistir o filme. Por isso vai aqui uma pequena lista de filmes românticos bons, clichês, porém bons, os quais têm todos os ingredientes que um filme de romance dos bons devem ter, isso incluindo aquela parte enjoativa do auge da declaração de amor. É cafona, brega, porém imprescindível e necessário para o gênero. Let’s go!

Diário de uma paixão
(2004): Os flashbacks do passado dão um charme e um diferencial especial à história. Ótimos atores e um final lindo. De chorar.

Um amor para recordar
(2003): Tem umas cenas bem melosas, uma história típica de conto de fada, mas tenho que admitir que é bem bonito, melosamente bonito.

O despertar de uma paixão
(2007): Uma descoberta do amor em meio a um lugar inapropriado. O mais legal desse filme é que a descoberta se dá após o amor acabar. Muito bom.

Uma linda mulher (1990): Julia Roberts e Richard Gere em ótima forma. Um clássico dos anos 90, não tem como não gostar. A simplicidade do filme e da personagem de Roberts é incrível. A música do filme também é bem chiclete, você fica cantarolando "pretty woman" por um bom tempo.

Letra e música
(2007): Toda a cultura pop dos anos 80 do filme, a Drew Barrymore e até o Hugh Grant fazem desse longa leve e divertido. A cantora com quem ele faz a parceria também resulta em cenas bem engraçadas.

Nunca fui beijada
(1999): O melhor da Drew Barrymore, a retomada da vida um pouco tarde é um bom tema para filmes românticos. Deu certo nesse.

Vestida para casar
(2008): Uma comédia romântica divertida e bem engraçada. Katherine Heigl e aqueles vestidos todos ta bem engraçado.

De repente é amor
(2005): Um filme bem interessante, é romântico, tem todos os elementos desse gênero, tem final feliz, mas consegue ser diferente. A cena e que ele canta Bon Jovi é realmente alguma coisa!

Esses são alguns exemplos de filmes românticos que honram o gênero. Poderia falar de outros, mas não me estenderei mais. Vale a pena conferir esses longas, eles só podem ser perigosos se você for diabético, caso contrário vai firme!

Marília Dalenogare.

domingo, 12 de setembro de 2010

Algo se salva! Aleluia!




Todo mundo pode falar que os filmes da saga crepúsculo são meio toscos, mal feitos e mal adaptados, tudo bem, vocês estão certos, eles são isso mesmo, fazer o que, realidade é realidade. Eu, por exemplo, gosto muito dos livros, mas em relação aos filmes não gosto mesmo, e fiquei muito decepcionada com o que vi, como disse Felipe Neto “eu vi e fiquei triste”, eles estão tentando melhorar, mas já começou bem ruim, mesmo que melhore um pouco não vão ficar bons, só se refizer tudo (o que não é uma má idéia). Porém, entre tantos fatores negativos, tanta decepção do público e tanto dinheiro para eles, uma coisa é fato e não dá pra negar, um crédito que os filmes têm, e ninguém pode tirar por generalizar a qualidade da obra em todos os aspectos, é que sua trilha sonora é muito boa, ela é tão indie e com uma batida leve de rock, que eu acho incrível, e se enquadra perfeitamente na história, deixa os filmes com um ar meio independente, sei lá, meio despretensioso, o que seria bom se fosse na realidade, pois o grande assassino da saga é a sua popularidade e o que ela pode lucrar. Ela conta com grandes nomes do cenário mais alternativo musical, tem coisa comercial também, mas que não deixa de ser boa por isso. Dentre eles podemos citar: Vampire Weekend, Florence + the Machine, Muse, The Killers, Radiohead, Thom Yorke (sem Radiohead, ou com, em uma fase mais egoísta), Paramore, The Dead Weather, Lykee Li, Grizzly Bear, e mais muita gente fod*, e pouco conhecida, dos circuitos Nova Yorkinos e de outros lugares também. Ta aí então, um aspecto positivo dessa saga cinematográfica que acabou decepcionando a maioria dos fãs da história ao acrescentar e fazer se sobressair o lado super comercial do cinema, pelo menos em algum fator ela acertou. Ainda bem, assim a gente aproveita o som e esquece um pouco do que poderia ter sido.

Marília Dalenogare.

sábado, 4 de setembro de 2010

Páginas amarelas





Romances são romances. Não adianta, muitos inovam, mas não tem como fugir de um pouco de clichê, mas não tem jeito quem se dispõe a assistir um filme romântico sabe que será assim, não venha dizer que não foi avisado, e mais, sabe também que provavelmente o filme se desenrolará para o famoso final feliz, pois é, salvo algumas exceções é assim mesmo que acontece, e também não adianta dizer que você não torce para que o casal fique junto, é natural, é automático.
Pois é, e no meio de tantas opções que surgem para nós, sempre se consegue achar uma especial, um filme legal, este do qual vou falar não é necessariamente original, na verdade, pensando bem ele é até bem clichê, mas dane-se ele é leve, divertido e é um dos meus preferidos, na verdade nem sei muito bem por que.
Estou falando do filme Muito bem acompanhada, um filme de 2005 com a Debra Messing e o charmoso, elegante e sensual Dermot Mulroney, pois é, eles são o casal principal e dão vida a Kat e Nick, ela uma solteira insegura e abandonada pelo noivo, ele um acompanhante de aluguel encontrado quase que nas páginas amarelas, que irá acompanhar Kat no casamento da sua irmã mais nova, no qual o padrinho é o ex-noivo da Kat e a família toda fica o tempo todo repetindo que era a Kat que tinha que se casar antes da irmã.
O filme é muito simples, tem uma fotografia legal, sem grandes enredos, mas é esse o grande valor dele, a simplicidade, e, além disso, ele é bem engraçado, com situações cômicas e um desfecho que te deixa o filme todo com um sorriso na cara. O casal principal é muito legal, ela é tão louca, insegura e engraçada, que contrasta com ele que parece que sabe tudo de tudo, seguro e muito charmoso, de verdade.
Assim vai decorrendo o filme, em meio a uma família louca e alguns problemas que aparecem pelo caminho junto com a identificação do casal, que vai se dando de uma forma bem legal, com uma áurea de paixão gritante.
O longa ainda tem uma trilha sonora em pontos-chave, bem acertada que casa bem com o momento. Na hora em que toca a música do Maroon 5 é incrível, meu Deus, é uma coisa quase sussurrada, fica tão sexy.
Além disso, Nick nos presenteia com conselhos sobre relacionamentos, onde ele defende a máxima de que toda mulher tem exatamente a vida amorosa que deseja. Olha só! Não é que ele até tem um pouco de razão, para o desespero de Kat. O cara é inteligente.
Essa é mais uma comédia romântica sim, mas uma daquelas que por algum fator se diferencia das outras, mesmo tendo na verdade muita coisa igual. Pode ser pelo carisma da protagonista, pelo olhar do protagonista, ou sei lá porque, mas ela tem algum ingrediente, que a deixa mais parecida com a vida real, sem grandes efeitos e reviravoltas, somente com histórias que vão se desenvolvendo simplesmente sem grandes mistérios, como na vida real. Uma boa pedida, fica ainda melhor se você assistir muito bem acompanhada.

Marília Dalenogare.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma outra roupagem





Uma questão bem interessante para ser analisada em muitos filmes, para quem gosta de boas atuações inesperadas é o uso de atores cômicos em filmes ou papéis mais dramáticos. É uma mudança de ares bem importante, pois parece que eles se esforçam mais, parece não, acredito que eles se esforcem mesmo, pois na comédia eles já estão garantidos e consagrados, o drama é um campo novo e desconhecido que eles têm que atuar com maestria. Onde eles precisam provar todo o seu talento como no início da carreira, como se seu currículo tivesse sido apagado e eles tivessem que construir sua história novamente.
E é aí que eles mostram sua qualidade, porque atuar é isso, é entrar em todas as áreas, principalmente com competência em todas, porque saber fazer só uma coisa, com uma receita pronta qualquer um sabe. Ok, nem qualquer um, mas essa é a idéia.
Talvez isso aconteça comigo por eu não ser muito fã de comédia, só gosto das boas, cada vez mais raras, e sendo assim não sou fã de carteirinha desses astros metido a piadista, e vê-los em outro estilo de filme, com outras caretas e expressões se torna uma grata surpresa. Isso já vale a locação.
Exemplo disso são 3 atores hollywoodianos, figuras conhecidas e engraçadas. São eles: Steve Carell, Jim Carrey e Adam Sandler. Representando personagens dramáticas nos filmes, respectivamente: Pequena Miss Sunshine, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Reine Sobre Mim. Filmes interessantes e atuações bem legais, vale a pena conferir.
Tem algo de interessante ao ver naquele rosto geralmente risonho um cenho triste e preocupado. Tem algo de novo naqueles rostos tão conhecidos. Você é pega de surpresa e é aí que está o mais interessante, a surpresa, melhor ainda se for boa.

Marília Dalenogare.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Adorável Juno


Eis que há um filme que quase ganhou uma estatueta dourada, pois é, quase, uma pena, pois com certeza ele tinha calibre pra isso e que nos ganha pela sua simplicidade e grandes diálogos. Uma história apaixonante, leve e com uma pitada de vida real e normal incrível. Este é Juno.
Juno é um filme meio pop e seu lado e visual independente é gritante, ele fala da história da menina Juno, uma adolescente de 16 anos que engravida de um carinha do colégio e que após se dar conta que não tem condições de ficar com a criança decide dar seu filho para adoção, é assim mesmo, simples ela procura em um lugar parecido com os classificados pais para o seu filho e acaba encontrando um casal com pinta de casal perfeito, mas nem tudo são flores.
Quando as pessoas vêm a temática adolescente grávida, todo mundo pensa que é uma história clichê e cheia de lição de moral. Não é, e acredite, Juno é bem diferente. Ele simplesmente não trata da evolução da gravidez dela, mas sim de como Juno recebe essa novidade, lida com ela, conhece a família adotiva e se afeiçoa a eles, algo do tipo.

Além do mais, Paulie, o pai da criança é simplesmente ótimo, ele é feito pelo ator Michael Cera, que representa com maestria aquele garoto bobo e magricela que adora balinhas de laranja. O ator consegue imprimir traços do seu personagem muito bem, como a insegurança, as dúvidas e tudo o mais que acompanha um adolescente que vira pai. Para ter uma idéia da moral dele, quando a Juno conta pro pai dela que ta grávida dele, ele diz algo do tipo: “Não achei que ele fosse capaz”.
O elenco todo do filme é muito bom, tanto o pai de Juno quanto a madrasta dela que é meio tarada por cachorros. Os pais adotivos também são ótimos. Quem dá vida a Juno é a atriz Ellen Page, uma graça de moça, com muita atitude e esperteza, ela enfrenta a gravidez de um modo bem diferente, mas não deixa de transparecer a preocupação que essa situação exige.
O melhor do filme é que aos poucos todos os personagens vão encontrando seu caminho, inclusive os pais adotivos que começam a rever a sua vida de casado após a chegada de Juno, eles aparentemente parecem o casal 20, feliz, bem de vida,com um único problema: a mulher não consegue engravidar e ela é louca para ser mãe. O marido acaba percebendo que todas as suas coisas estão em caixas em uma sala, que na casa limpa e impecável deles não tem lugar para suas guitarras e seus discos.
O filme tem vários diálogos remetendo a algo mais pop, fala de música, de filmes, de comportamento, onde em meio a essas conversas aos poucos Juno vai se identificando com a família que será a família de seu filho. A menina é muito espirituosa, metida a engraçadinha e ela é mesmo bem engraçada, cheia de frases e insinuações bem humoradas.
Ah, outro ponto ótimo do filme são os cenários, que caracterizam demais os personagens, exemplo disso é o telefone em forma de hambúrguer de Juno, isso é a cara dela.

Toda a abordagem do filme, todo o crescimento da protagonista com relação a uma gravidez indesejada é tudo, menos clichê, isso que é meio louco, não que o filme seja leviano ou superficial, não isso, porém o filme trata mais do modo como a adolescente se porta nesse tempo e encara essa doação, como a sua família e seu “namorado” se sentem com relação a isso. É uma progressão. Uma deliciosa e delicada progressão.
O filme tem uma trilha sonora muito boa também, tem gente como Sonic Youth, Cat Power e ainda tem um dueto dos protagonistas em uma música muito gostosa de se ouvir, um dueto suave, o qual fecha o filme com a chave de ouro.
Esse é um filme simples, nada comparado aos padrões hollywoodianos cheios de efeito e vazios de história. Uma produção independente que virou o xodó de muitos festivais, ganhou muitos deles e ainda deixou muitas pessoas com a sensação de injustiça quando ele perdeu o Oscar. Uma grande pedida.

Marília Dalenogare.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

JET




3 cds lançados, remetendo ao bom e velho rock’n roll: Get Born, Shine On e Shaka Rock, essa é a obra da banda australiana JET. Criada pelos irmãos Nic e Chris Cester. É uma banda incrível, para mim pelo menos que gosto de um rock mais puro e original. Eles têm um vocal bem arrastado, guitarras distorcidas e incríveis e também rola como uma das influências da banda seus conterrâneos AC/DC. Olha que incrível. Fica aí uma dica então de uma banda muito legal, com um som meio pesado e que remete mesmo a um rock simples e genial.
Outra colaboração da banda acontece na trilha sonora da franquia Homem-Aranha, JET nos proporciona ouvir nos filmes: “Falling Star” e “Hold On”.
Fica aqui como dica para as primeiras audições “Are you gonna bem my girl?”, “She’s a Genius”, “Cold Hard Bitch”, “Lazy Gun”, “Look What You’ve Done”, “Come on, Come on”, “Eleanor” e muitas outras, se eu continuar eu vou falar de todas, então farei melhor: Ouça todos os Cds!

Marília Dalenogare

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Montanha-russa



Eis que aparece nas prateleiras das locadoras uma nova opção, dentre as já conhecidas comédias românticas, a qual inova no gênero por sua forte influência pop (gritante no longa), seu roteiro incrível e sua pinta de filme independente. É ele o incrível e indie 500 dias com ela, filme estrelado por Zooey Deschanel e Joseph Gordon-Levitt interpretando Summer e Tom respectivamente.
O legal desse filme é que ele não se enquadra naquela linha de comédias românticas em que eles vivem felizes para sempre. Não, não funciona assim, o relacionamento acabou, e relações acabam, muitas não duram para sempre, bem dizer a grande maioria, é isso que o filme apresenta.



Tom é um arquiteto que não exerce a sua profissão e que trabalha em uma empresa de cartões congratulatórios, ele é um jovem bem parado e sem muitas expectativas até que ele conhece a nova funcionária da empresa, Summer, a qual é muito bonita, moderninha e logo chama a atenção de Tom e vira objeto de seu desejo. Com idas e vindas eles iniciam um relacionamento que dura 500 dias, e o filme gira em torno desse tempo, com flashbacks do início do relacionamento até o fim. Ele se apaixona e não consegue superar o fim do relacionamento, ela não se apaixona, aceita o fim e acaba se casando com outro, para a completa depressão e infelicidade de Tom.
O filme na verdade trata o modo como Tom se sente durante esse tempo todo, tudo o que a gente sabe é pelos olhos dele, a gente conhece Summer pelos olhos do Tom, dependendo de como ele enxerga ela, é muito legal que em partes diversas do filme ele exalta trejeitos que ele adora em Summer, como o fato dela umedecer os lábios antes de falar, e em outro momento ele nos diz que odeia esses hábitos dela. E assim a gente acompanha a história enquanto Tom revive seus momentos com Summer.
Quase todo o filme nos remete as emoções de Tom, a gente sente seu estado de espírito durante todo o longa, como na parte em que ele está feliz e sai dançando e fazendo uma coreografia na rua, ou quando nos é dado um quadro, a tela é dividida em duas e a gente vê o real, o que está acontecendo e na outra parte o que Tom idealizou, o que ele queria que ocorresse.



O filme ainda tem a ajuda de uma trilha sonora incrível, a qual acompanha muito bem o ritmo do filme, bem dizer dita o ritmo do filme, ela faz parte da história. Que passa desde The Smiths a Regina Spektor. O filme bem dizer transpira música, em vários diálogos eles citam grandes bandas e como The Beatles e The Smiths.
O filme se sustenta nessas idas e vindas da história, que vai nos mostrando aos poucos como foi o relacionamento do casal, flutuando pelos 500 dias. Outro ponto crucial do filme é que ele lida muito com o fator identificação, é uma obra simples e com sensibilidade tamanha que nos remete aos nossos próprios relacionamentos. Pois quem nunca amou pelos dois em uma relação? É aí que a maioria das pessoas se identifica e se torna uma história pessoal, o filme se torna a sua história. Esse é o maior mérito do longa.

Marília Dalenogare.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pride and Prejudice



Aqui vou eu de novo falar de Orgulho e Preconceito, mas relaxem agora é do filme. Já deu para perceber que eu sou meio que pirada nessa história. Ok. Eu admito. É uma belíssima obra da Jane Austen que deu origem a um filme a altura. Ele conta com Keira Knightley e Matthew MacFadyen no elenco, e tipo eles meio que literalmente encarnaram seus personagens, e isso é incrível. Sei lá, leigamente falando eu não gosto de adaptações de livros para o cinema, eu acho que elas ficam desastrosas, claro que há exceções, como essa da qual vos falo.
O filme narra a história do casal protagonista, como eles se conheceram, seus desentendimentos, a influência de todos no seu relacionamento, os próprios preconceitos dos personagens que impedem os mesmos de admitirem o que sentem, e o desenlace dessa história.
A história é uma verdadeira história de amor, das boas, com brigas, ódio e identificação aos poucos, porém ela é diferente, eu não sei explicar o que, nem como só sei que ela chamou a minha atenção de uma forma que muitas outras não chamaram. Ela tem um diferencial. O modo como a relação vai progredindo é incrível, aos poucos e com artifícios externos que a impedem de dar certo, como em muitas histórias não é a família que briga ou impede o casal de ficar junto, a mãe da mocinha só quer que ela se case bem, com um marido rico, não importando com quem for, o seu pai só quer ficar na biblioteca e o seu bando de irmãs só querem saber de bailes e militares. Fugindo assim de alguns clichês, o que não impede que caia em outros, mas sinceramente eles não pesam muito na história.
O filme conseguiu captar a essência e o charme do livro. É claro que algumas partes ficaram de fora e outras foram exploradas superficialmente, porém isso foi quase insignificante perto do resultado e a gente tem que entender que é baseado em algo e não uma obra fiel.
O filme tem uma fotografia incrível, é lindo e mantém uma atmosfera do século XVIII. Os personagens também são interessantes e não são mocinhos, são humanos. O Matthew conseguiu imprimir a personalidade do Mr. Darcy para si de uma forma completa, o seu orgulho, o seu porte e tudo mais, é bem como eu imaginei lendo o livro. E a Keira faz uma Elizabeth Bennet determinada, corajosa, porém com as fraquezas que a personagem apresenta ao longo da história, mesclando essas duas partes e compondo uma personagem final completa e coerente com a qual Austen criou. Eles montaram um casal com emoção e sensibilidade, sem precisar de contato físico para demonstrar o seu amor.
Então aqui não só fica uma dica de filme, mas sim uma dica de história, de obra, de adaptação. Um filme muito legal mesmo, que mostra uma verdadeira história de amor, com todos os percalços que uma dessas pode ter. E você ainda vai querer levar o Mr. Darcy para casa no final, como um brinde, e que brinde.

Marília Dalenogare

A bordo de uma Kombi amarela




Um tio suicida, um pai fracassado, uma mãe estressada, um irmão que fez voto de silêncio e um avô que usa heroína. É nessa família que está inserida Olive, uma menina sonhadora que quer ganhar o concurso de beleza Pequena Miss Sunshine. É nesse contexto que acontece a trama do filme Pequena Miss Sunshine, é em meio a essa família desestruturada que acontece uma viagem a bordo de uma Kombi amarela meio estragada e enferrujada para chegar a tempo no concurso.
O mais legal desse filme é que as partes mais legais e emocionantes vão acontecendo ao longo dele, em várias partes, não só no final como a maioria das histórias, o clímax é o filme todo. Enquanto eles vão em busca do sonho da Olive, a família vai enfrentando seus problemas e lavando a roupa suja. É uma família totalmente fora do padrão, mesmo que o padrão não seja o correto, mas também não é tão errado, e eles são completamente errados e guardaram seus ressentimentos todos muito bem até um nível crítico onde a convivência torna-se difícil. Chega um ponto em que essa bola de neve enorme e cheia de desentendimentos acaba passando por cima deles e eles se obrigam a parar e tentar se entender, onde tudo vem à tona, onde todas as diferenças são expostas e eles tentam botar tudo a pratos limpos.
Isso é tão bem retratado no filme, que torna a história incrível, os atores são muito bons e conseguem trazer esse conflito a tona de uma forma bem real. Já a Olive interpretada pela fofa Abigail Breslin é a mais centrada da família, mesmo sendo uma criança, ela é meio que o xodó de todos, eles buscam protege-la de uma possível decepção, é nesse ponto que a gente sente que aquela família está encontrando o seu eixo.
Nessa viagem até o local do concurso acontece meio de tudo, a família acaba descobrindo sua identidade de uma forma um tanto bizarra. Temos uma ida ao hospital, um cadáver, um sonho destruído, um carro estragado e muito mais. De drama a comédia em segundos.
O filme é meio independente e tem pinta de filme independente, sem grandes produções e com baixo orçamento, teve alguns problemas financeiros e foi o xodó em vários festivais. Na minha opinião isso se deu, por ele ter uma historio meio batida e ter conseguido fugir do clichê, ele não vem com um monte de lição de moral e frases de impacto. A forma como os problemas são apresentados e tratados é o diferencial fugindo totalmente da receita de filme onde a família é problemática e acaba tudo bem. Não é assim, não acaba tudo bem, porque o certo, o eixo de uma família não se encontra assim, é devagar, é progressivo. Afinal, que família que consegue viver feliz sempre? Que consegue não brigar às vezes? Não há uma família que seja 100% feliz, o tempo todo, pode até haver, mas corre o sério risco de ser felicidade de fachada.
Tudo isso é retratado no filme e nos faz ficar com um sorrisão na cara depois que ele acaba e uma vontade de chegar em casa e pedir desculpa para o irmão. Ok. talvez não chegue a esse ponto. Ou chegue, mas você não precisa verbalizar, se não quiser.

Marília Dalenogare.

domingo, 18 de julho de 2010

Impostores


Eu não sei por que todo mundo, ok, nem todo mundo, mas a maioria das pessoas confunde algumas coisas, tipo o que é ser celebridade, todo mundo acha que qualquer um que aparece em algum meio de comunicação é celebridade. Errado. Errado de novo. Ser celebridade não é participar de big brother ou dançar semi-nua por aí. Eu odeio esse conceito errado de celebridade, não existe sub-celebriadade, existem celebridades e esse resto de gente que quer aparecer de algum modo, mesmo só fazendo coisa tosca e vexaminosa (já ouviram falar de vergonha alheia?). Na verdade ser celebridade é ser alguém célebre, alguém que nos desperte admiração e não que nos faça pensar o que essa pessoa tosca está fazendo ali? WTF? Porque ela não cava um buraco e se esconde?
Saiam desse posto que não te pertence! Vão fazer algo que preste na vida ao invés de ficar enchendo a gente, e pior ainda é que essas “celebridades” são algo meio onipresente, elas estão em todos os lugares e a gente não consegue escapar delas! Meu Deus eu tento me esconder, mas elas estão por toda parte, nem adianta zapear por todos os canais da TV (onipresença, lembra?). Algo meio “Cuidado com a cuca que a cuca te pega te pega daqui te pega de lá”. É tenso. Tome cuidado. Isso tende a piorar.

Marília Dalenogare

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um filme para não se apagar da mente




"Feliz é a inocente vestal. Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Toda prece é ouvida, toda graça é alcançada" (Alexander Pope).
Existe uma obra- prima solta pelas locadoras que pelo seu nome alternativo não é admirada por todos, é o filme Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças um filme genial de Michel Gondry e Charlie Kaufman, diretor e roteirista respectivamente.
Let’s go! Vamos falar dele (cuidado o texto tem alguns spoilers) o filme conta a história de Joel, interpretado por Jim Carey (não é uma comédia), e Clementine interpretada por Kate Winslet. A história é meio confusa e tem a sua parte surreal, bem maluca (a cara de Gondry), no filme Joel e Clementine se encontram, se apaixonam e por diversos conflitos e diferença de personalidade que vai sendo descoberta aos poucos Clementine procura uma clínica para apagar Joel da sua memória, ela o faz e Joel acaba descobrindo após procura-la e ela reagir como se não o conhecesse. Ele procura saber o que aconteceu e descobre o procedimento, vai até a tal clínica e decide apagar Clementine também da sua mente, uma coisa meio toma-lá-da-cá, ele cata todas as coisas que lembram ela da sua casa e marca o procedimento, porém enquanto Clementine está sendo apagada da sua mente, Joel percebe que não quer esquecer dela, ele não quer tirar ela da sua cabeça e perder as partes boas que os dois viveram juntos, é aí que começa uma viagem mental na cabeça de Joel tentando preservar as suas memórias. Quando ele percebe que pode perder tudo o que viveram rola no filme um momento ótimo de tentar aproveitar os últimos momentos juntos. “- Daqui a pouco vai acabar. - Eu sei. - E o que fazemos? - Aproveitamos.”
O filme é incrível, eu sei que fica meio difícil não parecer loco e sem nexo com toda essa parte de procedimento para apagar lembranças, mas não é, mesmo que tenha uma parte ficcional, ele é muito real e nos mostra desgastes de relação e tentativas de escape tão comuns para todos.
Ele é um filme de uma sensibilidade ímpar, o qual trata de acontecimentos tão rotineiros que parece a nossa história ali na tela, afinal quem nunca quis apagar da memória alguém que lhe fez sofrer? Ou um relacionamento que não deu certo? Até porque no começo de todos os relacionamentos só são ressaltadas as qualidades e é com o tempo que os defeitos vão aparecendo e se infiltrando na relação como erva-daninha. Foi por isso que Joel e Clementine passaram. Olha que coisa mais normal! Isso que torna o filme incrível, mesclar partes surreais e fantasiosas com acontecimentos normais. O resultado é essa obra. Esse filme é uma grande sacada.
Fica aí uma dica cinematográfica, pra quem aprecia a sétima arte.

"Você ama quem você ama, não importa porque você ama".


Postado por Marília.

domingo, 4 de julho de 2010

Uma pequena homenagem póstuma




Pequena não por não ser verdadeira, mas por ser mínima em relação a todas as que já foram feitas. Não tem como não abrir um parêntese nesse blog para deixar aqui registrado a homenagem de uma fã de Heath Ledger.
Com certeza depois da morte e da atuação dele em Darknight muitas homenagens póstumas foram feitas, porém poucas pessoas se lembram dos poucos, mas ótimos papéis que ele já fez em sua carreira interrompida. Ele trilhou um caminho antes de ganhar o Oscar.
O que é Heath Ledger em “10 coisas que eu odeio em você”? Um filme onde ele está simplesmente adorável no papel de um garoto meio anti-social metido a durão, mas que na verdade se esconde por detrás dessa imagem de bad boy. Ou em “O segredo de brouckback mountain” onde ele interpreta um cara fechado e meio machão que acaba se envolvendo em uma relação homossexual, onde Heath consegue demonstrar a confusão por detrás dessa escolha, de uma forma verdadeira e com sensibilidade, que nunca deixa passar para uma imagem feminina, ele é um homem gay, e só, (comentei somente sobre esses porque são meus preferidos) E em outros inúmeros filmes como Coração de Cavaleiro, Candy, Os irmãos Grimm, Não estou lá, o recente Mundo Imaginário do Doutor Parnassus, entre outros.
E agora claro o que merece um parágrafo especial é o Coringa, em Batman - O Cavaleiro das Trevas, não tem o que dizer sobre ele, o que falar sobre um personagem perfeito, que dá a entonação certa para um louco, nos fazendo gostar dele, mesmo com atitudes más (eu prefiro muito mais ele do que o batman), aquele ar debochado que ele imprime no personagem, nos faz ver um ser humano atrás daquela maquiagem, um ser humano inteligente e perceptivo, que entende a sociedade melhor do que ninguém, mas que é tratado como doente. Sinceramente não consigo pensar em outro ator para interpretar o coringa (desculpa Jack Nicholson, você é demais, porém o Coringa é ele, não adianta).
Isso é ser celebridade, isso é ser célebre, despertar nas pessoas emoções diversas e nos fazer querer ser que nem ele. Tinha algo nele que parecia tão natural, ele era tão normal, aquele normal que parece que você vai encontrar ele na padaria qualquer hora dessas, ele não tinha pompa de celebridade e quando atuava ele se transportava para outro patamar.
Como diz a comunidade Heath Ledger: “Como alguém poderia achar dez coisas pra odiar em você? Nós não encontramos nenhuma”.
Eu sei que isso parece rasgação de seda, ok, mas o que mais eu poderia falar diante do meu ator preferido e que poderia ter nos proporcionado muito mais, eu admito é tietagem mesmo, é só o que eu posso falar diante de uma vida de sucesso interrompida!
Nossa isso ficou muito clichê! Dane-se, está registrada a minha homenagem.

Marilia

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Orgulho nacional?


É engraçado como em tempo de Copa do Mundo todo mundo vira brasileiro e super patriota, como as pessoas conseguem esquecer dos problemas pelos quais elas reclamavam antes e somente viver o sonho do hexa. Bandeirinhas e vuvuzelas não pararam nas prateleiras.
Pois é, agora o sonho acabou, o Brasil está fora da Copa e aí as críticas já estão prontas? A sua camisa verde e amarela já foi escondida no armário e você já arrancou a bandeirinha da sua sacada? Acredito que sim.
Nos problemas e nas dificuldades todo mundo julga e critica o país, mas isso é totalmente esquecido quando a esperança de ganhar um título paira sobre o Brasil.
Está na hora de sair de cima do muro, ou você gosta ou não, sem condições. Mas tudo bem, agora essas pessoas que criticavam o país já podem dizer “eu já sabia”, que tudo volta a ser como antes, ninguém vai ver que você torceu muito até o final dos 47.

Marilia

domingo, 27 de junho de 2010

Jane Austen:da literatura ao cinema


Você conhece Jane Austen? Se sim, eu sei, também acho, ela é ótima. Se não, você deveria conhecer! Isso não é uma ordem, é uma dica, cada um lê o que quer, mas as obras dela são bem legais. Jane Austen é uma escritora inglesa, do século XVIII, mesmo suas obras sendo bem “velhas”, elas são ótimas, de verdade. Entre as mais conhecidas estão Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade (minhas preferidas), Mansfield Park, Emma, entre outras. Ela consegue nos apresentar uma narrativa com tanta sensibilidade e percepção que nos deixa grudadas naquela história como chicle.
Eu sei que muitos vão pensar, “Nossa que velha, não deve ser legal, eu não vou entender...”, mas não, elas têm um vocabulário bem acessível e as palavras mais rebuscadas dão um charme extra à obra. Jane Austen foi considerada pela crítica uma das primeiras romancistas modernas. “A obra literária de Jane Austen deu ao romance inglês o primeiro impulso para a modernidade, ao tratar do cotidiano de pessoas comuns. De aguda percepção psicológica, seu estilo destila sempre uma ironia sutil, dissimulada pela leveza da narrativa”.
Inclusive muitas de suas obras fora adaptadas ao cinema. Orgulho e Preconceito ficou incrível, o filme conseguiu ser fiel ao livro, foi uma das melhores adaptações cinematográficas que eu já vi, e os atores ficaram ótimos dando vida a personagens memoráveis. O filme conseguiu manter o encanto do livro (ainda bem), só estou falando desse filme porque foi o único que eu vi baseado nas obras dela. Fica aí então a dica, de literatura e cinema ao mesmo tempo, pra quem gosta de uma história de época, ou de romances em um modo geral, não tem como não se apaixonar por Elizabeth Bennet e Mr. Darcy.

Marilia

terça-feira, 22 de junho de 2010

Som nacional





Todo mundo costuma idolatrar bandas estrangeiras, principalmente norte-americanas (ok, eu entendo, eu também idolatro), mas como eu, você devia começar abrir olhos para uma galerinha tupiniquin que bate um bolão (não, pode ficar tranqüilo não são jogadores de futebol pagodeiros). Sério, tem muita gente boa por aqui, e não só gente nova, tem gente das antigas, bandas e cantores que a gente nem sabe que conhece, mas conhece, tá na hora de dar mais valor para eles. Galera como Engenheiros do Hawaii, Nenhum de Nós, Lenine, Móveis Coloniais do Acaju, Ana Cañas, Vivendo do Ócio, Cidadão Quem, Copacabana Club, Pouca Vogal, Pública, Black Drawing Chalks, Tiê, Garotas Suecas, Leoni, entre muitas outras que mandam super bem e que merecem a sua atenção, aí tem pra todos os gostos, rock, MPB, pop, pode se servir à vontade. Não custa nada prestigiar a boa arte brasileira, rara, porém não inexistente (não é só de rebolation que vive o Brasil).

Marilia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

No escurinho do cinema





Eu posso ser a única,mas sinceramente acredito que o cinema é mais que uma indústria que movimenta bilhões por ano,é mais do que o caráter comercial.Envolve emoção.A emoção que sentimos ao ver as luzes se apagarem a ao olhar para aquela tela enorme,ou até mesmo para uma TV de 14 polegadas,não é medida em dólares.Não é simplesmente olhar uma história que parece ser nossa,é participar como coadjuvante.Muitos acreditam que o que vale é a bilheteria,isso importa sim,até mesmo para que essa indústria não pare,mas o que realmente importa é a oportunidade de ver estampado nas telas histórias de vidas,histórias comuns,histórias de muitos e vistas na tela grande e com muita pipoca.Histórias que nos inspiram e que se tornam essenciais para nós,mesmo que gente assista mais dez vezes.Quem não se "emocionou vendo Heath Ledger interpretando o Coringa e principalmente quando este diz:Why so serious?Com aquela cara debochada.Quem não fingiu ter um cisco no olho ao assistir Titanic ao som de Celine Dion?Quem não chorou assistindo Ghost?Principalmente na cena do barro?Quem no fim do cinema não saiu com um sorrisão vendo que Uma linda mulher teve um final feliz?Tantos outros filmes que despertam sensações tão comuns e tão humanas na gente.Em fim,quem nunca fez isso que atire a primeira pedra,não em mim,claro.Dizem que a vida imita a arte,pouco acredito nisso.É a arte que nos imita o tempo todo e por isso gera sensações na gente.É uma parte da nossa propia vida que está ali,exposta.É um pouco da nossa história interpretada por outros.É aí que está:quem consegue contabilizar em moeda o que isso siguinifica?É difícil, pois são os nossos dramas que estão ali.Nus e crus e com trilha sonora.Olha que incrível!São coisas nossas encobertas por táticas de melhoramento(ou não)mas que ainda trazem um pouco de nós em cada personagem.Até nos vilões.Principalmente nos vilões.Muitas vezes nos deparamos pensando:eu faria mo mesmo.Parecendo certo ou não na tela.Não adianta.Ainda tem muito de errados em nós.É inútil tentar esconder.Por isso não pense em procurar um pscólogo se você achou o vilão mais legal e até se você torceu um pouquinho por ele.É normal.Mesmo que você não tenha se identificado com nenhuma acima(o que é dificil)pois não tem como não ficar arrepiado quando toda vez que alguem chega no aeroporto e impede que seu amado parta.Isso é unânime.Isso são sensasões intensas que o cinema nos proporciona que só serão contabilizadas depois que as letrinhas subirem.É fato.Ninguém resiste a cena do aeroporto.Nem aos mais durões e com fatos não se discute.Essa é a magia do cinema:conseguir nos transportar para outras histórias(ou retratar as nossas)nos despertando inúmeras sensações que contribuem para a vida real.

Postado por Marilia