terça-feira, 20 de julho de 2010

Pride and Prejudice



Aqui vou eu de novo falar de Orgulho e Preconceito, mas relaxem agora é do filme. Já deu para perceber que eu sou meio que pirada nessa história. Ok. Eu admito. É uma belíssima obra da Jane Austen que deu origem a um filme a altura. Ele conta com Keira Knightley e Matthew MacFadyen no elenco, e tipo eles meio que literalmente encarnaram seus personagens, e isso é incrível. Sei lá, leigamente falando eu não gosto de adaptações de livros para o cinema, eu acho que elas ficam desastrosas, claro que há exceções, como essa da qual vos falo.
O filme narra a história do casal protagonista, como eles se conheceram, seus desentendimentos, a influência de todos no seu relacionamento, os próprios preconceitos dos personagens que impedem os mesmos de admitirem o que sentem, e o desenlace dessa história.
A história é uma verdadeira história de amor, das boas, com brigas, ódio e identificação aos poucos, porém ela é diferente, eu não sei explicar o que, nem como só sei que ela chamou a minha atenção de uma forma que muitas outras não chamaram. Ela tem um diferencial. O modo como a relação vai progredindo é incrível, aos poucos e com artifícios externos que a impedem de dar certo, como em muitas histórias não é a família que briga ou impede o casal de ficar junto, a mãe da mocinha só quer que ela se case bem, com um marido rico, não importando com quem for, o seu pai só quer ficar na biblioteca e o seu bando de irmãs só querem saber de bailes e militares. Fugindo assim de alguns clichês, o que não impede que caia em outros, mas sinceramente eles não pesam muito na história.
O filme conseguiu captar a essência e o charme do livro. É claro que algumas partes ficaram de fora e outras foram exploradas superficialmente, porém isso foi quase insignificante perto do resultado e a gente tem que entender que é baseado em algo e não uma obra fiel.
O filme tem uma fotografia incrível, é lindo e mantém uma atmosfera do século XVIII. Os personagens também são interessantes e não são mocinhos, são humanos. O Matthew conseguiu imprimir a personalidade do Mr. Darcy para si de uma forma completa, o seu orgulho, o seu porte e tudo mais, é bem como eu imaginei lendo o livro. E a Keira faz uma Elizabeth Bennet determinada, corajosa, porém com as fraquezas que a personagem apresenta ao longo da história, mesclando essas duas partes e compondo uma personagem final completa e coerente com a qual Austen criou. Eles montaram um casal com emoção e sensibilidade, sem precisar de contato físico para demonstrar o seu amor.
Então aqui não só fica uma dica de filme, mas sim uma dica de história, de obra, de adaptação. Um filme muito legal mesmo, que mostra uma verdadeira história de amor, com todos os percalços que uma dessas pode ter. E você ainda vai querer levar o Mr. Darcy para casa no final, como um brinde, e que brinde.

Marília Dalenogare

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