sábado, 13 de agosto de 2011

Infinita Playlist

Marília Dalenogare


Eu sei que todo mundo acha o Michael Cera um guri meio idiota, com cara de pamonha e que sempre faz os mesmos papéis, o nerd, que geralmente adora música, ok, eu também acho isso, mas, além disso acho ele bem charmoso também, e um queridão, não sei dizer se ele é um bom ator, pois ele ta sempre naquela sua zona de conforto a qual ficou conhecido, pra sempre o menino tímido. Mas, posso dizer que gosto desse seu personagem e a partir disso descobri um filme dele que eu particularmente adoro, o queridíssimo e charmoso “Nick e Norah - Uma noite de amor e música”, filme de 2008 que ele estréia juntamente com a Kat Dennings.
De tão simples o filme esteticamente e de muitas outras formas falando ele se torna diferente e mais do mesmo, ao mesmo tempo, não sei explicar, mas vou falar sobre ele. É uma história que acontece em uma noite, uma noite para os jovens como ele. E a propósito, eu adoraria que as minhas noites fossem que nem as deles, caminhando por Nova York, ou por essas outras cidades americanas que resultam em uma locação ótima e badalada, que eles sempre arranjam, como se tudo que a gente quisesse pudesse estar em uma quadra só, todos os pubs mais legais, as lanchonetes, os shows e o mundo todo.
O Nick e a Norah, os protagonistas, se conhecem em um desses lugares e com a ajuda do destino e dos amigos deles acabam meio que saindo juntos em busca de um show de uma banda, e assim a narrativa vai indo, quando a Norah perde a amiga dela em algum lugar da cidade, eles saem para procurá-la e é no meio dessa busca que eles vão se conhecendo e se entrosando e falando sobre afinidades e coisas do tipo que são muito bem construídas para esse tipo de história, sempre bolam umas frases ótimas, que se encaixam como uma luva para a situação, ficção é ficção. E pra mim, é nesse ponto que o filme me ganhou, nessas voltas pela cidade em busca da amiga pirada dela, em um carro minúsculo e falando de coisas divertidas, o tipo de coisa que todo mundo sempre gostaria de fazer, simplesmente achar alguém que parece ser sua alma gêmea musical e cultural e pessoal e tudo o mais. Nada mais do que isso, até porque o filme não é muito longo e tem o tempo certo, o qual não se salva dos clichês, mas também não se afoga neles, adoro metáforas.
E também é um filme bem econômico, que não tem locações, figurinos, efeitos, e nada muito caro, um exemplo de menos que é mais. Como já era de se esperar a trilha sonora do filme é ótima, como geralmente esses filmes vendidos como independentes têm, eu acho que nesse tipo de produção antes mesmo de achar os atores eles arrumam as músicas, tenho essa sensação.
Os atores são jovens e divertidos, bons atores para os papéis, o resto do elenco também é divertido, mas sei lá, pra mim o filme é do casalzinho, e os outros são também meio idiotas. Sei lá, independente de alguns quesitos básicos de técnica e tal, eu geralmente gosto desses jovens e atores, eles são tão bonitos, e podem não atuar muito bem, mas são meio expressivos e tal e parecem tão felizes, o tempo todo, independente de seus dramas, eles são quase um musical, sou um coração mole, fazer o que, muitas vezes são tão expressivos quanto uma coruja, mas me conquistam igual.
E pra voltar ao falar do que nos trouxe até aqui, esse é um exemplo de um dos papéis do queridão Michael que eu adoro, entre os seus personagens em Juno, Superbad, Scott Pilgrim e outros dramas adolescentes protagonizados pelo jovem idoso nerd.

Marília Dalenogare