sexta-feira, 23 de julho de 2010

JET




3 cds lançados, remetendo ao bom e velho rock’n roll: Get Born, Shine On e Shaka Rock, essa é a obra da banda australiana JET. Criada pelos irmãos Nic e Chris Cester. É uma banda incrível, para mim pelo menos que gosto de um rock mais puro e original. Eles têm um vocal bem arrastado, guitarras distorcidas e incríveis e também rola como uma das influências da banda seus conterrâneos AC/DC. Olha que incrível. Fica aí uma dica então de uma banda muito legal, com um som meio pesado e que remete mesmo a um rock simples e genial.
Outra colaboração da banda acontece na trilha sonora da franquia Homem-Aranha, JET nos proporciona ouvir nos filmes: “Falling Star” e “Hold On”.
Fica aqui como dica para as primeiras audições “Are you gonna bem my girl?”, “She’s a Genius”, “Cold Hard Bitch”, “Lazy Gun”, “Look What You’ve Done”, “Come on, Come on”, “Eleanor” e muitas outras, se eu continuar eu vou falar de todas, então farei melhor: Ouça todos os Cds!

Marília Dalenogare

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Montanha-russa



Eis que aparece nas prateleiras das locadoras uma nova opção, dentre as já conhecidas comédias românticas, a qual inova no gênero por sua forte influência pop (gritante no longa), seu roteiro incrível e sua pinta de filme independente. É ele o incrível e indie 500 dias com ela, filme estrelado por Zooey Deschanel e Joseph Gordon-Levitt interpretando Summer e Tom respectivamente.
O legal desse filme é que ele não se enquadra naquela linha de comédias românticas em que eles vivem felizes para sempre. Não, não funciona assim, o relacionamento acabou, e relações acabam, muitas não duram para sempre, bem dizer a grande maioria, é isso que o filme apresenta.



Tom é um arquiteto que não exerce a sua profissão e que trabalha em uma empresa de cartões congratulatórios, ele é um jovem bem parado e sem muitas expectativas até que ele conhece a nova funcionária da empresa, Summer, a qual é muito bonita, moderninha e logo chama a atenção de Tom e vira objeto de seu desejo. Com idas e vindas eles iniciam um relacionamento que dura 500 dias, e o filme gira em torno desse tempo, com flashbacks do início do relacionamento até o fim. Ele se apaixona e não consegue superar o fim do relacionamento, ela não se apaixona, aceita o fim e acaba se casando com outro, para a completa depressão e infelicidade de Tom.
O filme na verdade trata o modo como Tom se sente durante esse tempo todo, tudo o que a gente sabe é pelos olhos dele, a gente conhece Summer pelos olhos do Tom, dependendo de como ele enxerga ela, é muito legal que em partes diversas do filme ele exalta trejeitos que ele adora em Summer, como o fato dela umedecer os lábios antes de falar, e em outro momento ele nos diz que odeia esses hábitos dela. E assim a gente acompanha a história enquanto Tom revive seus momentos com Summer.
Quase todo o filme nos remete as emoções de Tom, a gente sente seu estado de espírito durante todo o longa, como na parte em que ele está feliz e sai dançando e fazendo uma coreografia na rua, ou quando nos é dado um quadro, a tela é dividida em duas e a gente vê o real, o que está acontecendo e na outra parte o que Tom idealizou, o que ele queria que ocorresse.



O filme ainda tem a ajuda de uma trilha sonora incrível, a qual acompanha muito bem o ritmo do filme, bem dizer dita o ritmo do filme, ela faz parte da história. Que passa desde The Smiths a Regina Spektor. O filme bem dizer transpira música, em vários diálogos eles citam grandes bandas e como The Beatles e The Smiths.
O filme se sustenta nessas idas e vindas da história, que vai nos mostrando aos poucos como foi o relacionamento do casal, flutuando pelos 500 dias. Outro ponto crucial do filme é que ele lida muito com o fator identificação, é uma obra simples e com sensibilidade tamanha que nos remete aos nossos próprios relacionamentos. Pois quem nunca amou pelos dois em uma relação? É aí que a maioria das pessoas se identifica e se torna uma história pessoal, o filme se torna a sua história. Esse é o maior mérito do longa.

Marília Dalenogare.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pride and Prejudice



Aqui vou eu de novo falar de Orgulho e Preconceito, mas relaxem agora é do filme. Já deu para perceber que eu sou meio que pirada nessa história. Ok. Eu admito. É uma belíssima obra da Jane Austen que deu origem a um filme a altura. Ele conta com Keira Knightley e Matthew MacFadyen no elenco, e tipo eles meio que literalmente encarnaram seus personagens, e isso é incrível. Sei lá, leigamente falando eu não gosto de adaptações de livros para o cinema, eu acho que elas ficam desastrosas, claro que há exceções, como essa da qual vos falo.
O filme narra a história do casal protagonista, como eles se conheceram, seus desentendimentos, a influência de todos no seu relacionamento, os próprios preconceitos dos personagens que impedem os mesmos de admitirem o que sentem, e o desenlace dessa história.
A história é uma verdadeira história de amor, das boas, com brigas, ódio e identificação aos poucos, porém ela é diferente, eu não sei explicar o que, nem como só sei que ela chamou a minha atenção de uma forma que muitas outras não chamaram. Ela tem um diferencial. O modo como a relação vai progredindo é incrível, aos poucos e com artifícios externos que a impedem de dar certo, como em muitas histórias não é a família que briga ou impede o casal de ficar junto, a mãe da mocinha só quer que ela se case bem, com um marido rico, não importando com quem for, o seu pai só quer ficar na biblioteca e o seu bando de irmãs só querem saber de bailes e militares. Fugindo assim de alguns clichês, o que não impede que caia em outros, mas sinceramente eles não pesam muito na história.
O filme conseguiu captar a essência e o charme do livro. É claro que algumas partes ficaram de fora e outras foram exploradas superficialmente, porém isso foi quase insignificante perto do resultado e a gente tem que entender que é baseado em algo e não uma obra fiel.
O filme tem uma fotografia incrível, é lindo e mantém uma atmosfera do século XVIII. Os personagens também são interessantes e não são mocinhos, são humanos. O Matthew conseguiu imprimir a personalidade do Mr. Darcy para si de uma forma completa, o seu orgulho, o seu porte e tudo mais, é bem como eu imaginei lendo o livro. E a Keira faz uma Elizabeth Bennet determinada, corajosa, porém com as fraquezas que a personagem apresenta ao longo da história, mesclando essas duas partes e compondo uma personagem final completa e coerente com a qual Austen criou. Eles montaram um casal com emoção e sensibilidade, sem precisar de contato físico para demonstrar o seu amor.
Então aqui não só fica uma dica de filme, mas sim uma dica de história, de obra, de adaptação. Um filme muito legal mesmo, que mostra uma verdadeira história de amor, com todos os percalços que uma dessas pode ter. E você ainda vai querer levar o Mr. Darcy para casa no final, como um brinde, e que brinde.

Marília Dalenogare

A bordo de uma Kombi amarela




Um tio suicida, um pai fracassado, uma mãe estressada, um irmão que fez voto de silêncio e um avô que usa heroína. É nessa família que está inserida Olive, uma menina sonhadora que quer ganhar o concurso de beleza Pequena Miss Sunshine. É nesse contexto que acontece a trama do filme Pequena Miss Sunshine, é em meio a essa família desestruturada que acontece uma viagem a bordo de uma Kombi amarela meio estragada e enferrujada para chegar a tempo no concurso.
O mais legal desse filme é que as partes mais legais e emocionantes vão acontecendo ao longo dele, em várias partes, não só no final como a maioria das histórias, o clímax é o filme todo. Enquanto eles vão em busca do sonho da Olive, a família vai enfrentando seus problemas e lavando a roupa suja. É uma família totalmente fora do padrão, mesmo que o padrão não seja o correto, mas também não é tão errado, e eles são completamente errados e guardaram seus ressentimentos todos muito bem até um nível crítico onde a convivência torna-se difícil. Chega um ponto em que essa bola de neve enorme e cheia de desentendimentos acaba passando por cima deles e eles se obrigam a parar e tentar se entender, onde tudo vem à tona, onde todas as diferenças são expostas e eles tentam botar tudo a pratos limpos.
Isso é tão bem retratado no filme, que torna a história incrível, os atores são muito bons e conseguem trazer esse conflito a tona de uma forma bem real. Já a Olive interpretada pela fofa Abigail Breslin é a mais centrada da família, mesmo sendo uma criança, ela é meio que o xodó de todos, eles buscam protege-la de uma possível decepção, é nesse ponto que a gente sente que aquela família está encontrando o seu eixo.
Nessa viagem até o local do concurso acontece meio de tudo, a família acaba descobrindo sua identidade de uma forma um tanto bizarra. Temos uma ida ao hospital, um cadáver, um sonho destruído, um carro estragado e muito mais. De drama a comédia em segundos.
O filme é meio independente e tem pinta de filme independente, sem grandes produções e com baixo orçamento, teve alguns problemas financeiros e foi o xodó em vários festivais. Na minha opinião isso se deu, por ele ter uma historio meio batida e ter conseguido fugir do clichê, ele não vem com um monte de lição de moral e frases de impacto. A forma como os problemas são apresentados e tratados é o diferencial fugindo totalmente da receita de filme onde a família é problemática e acaba tudo bem. Não é assim, não acaba tudo bem, porque o certo, o eixo de uma família não se encontra assim, é devagar, é progressivo. Afinal, que família que consegue viver feliz sempre? Que consegue não brigar às vezes? Não há uma família que seja 100% feliz, o tempo todo, pode até haver, mas corre o sério risco de ser felicidade de fachada.
Tudo isso é retratado no filme e nos faz ficar com um sorrisão na cara depois que ele acaba e uma vontade de chegar em casa e pedir desculpa para o irmão. Ok. talvez não chegue a esse ponto. Ou chegue, mas você não precisa verbalizar, se não quiser.

Marília Dalenogare.

domingo, 18 de julho de 2010

Impostores


Eu não sei por que todo mundo, ok, nem todo mundo, mas a maioria das pessoas confunde algumas coisas, tipo o que é ser celebridade, todo mundo acha que qualquer um que aparece em algum meio de comunicação é celebridade. Errado. Errado de novo. Ser celebridade não é participar de big brother ou dançar semi-nua por aí. Eu odeio esse conceito errado de celebridade, não existe sub-celebriadade, existem celebridades e esse resto de gente que quer aparecer de algum modo, mesmo só fazendo coisa tosca e vexaminosa (já ouviram falar de vergonha alheia?). Na verdade ser celebridade é ser alguém célebre, alguém que nos desperte admiração e não que nos faça pensar o que essa pessoa tosca está fazendo ali? WTF? Porque ela não cava um buraco e se esconde?
Saiam desse posto que não te pertence! Vão fazer algo que preste na vida ao invés de ficar enchendo a gente, e pior ainda é que essas “celebridades” são algo meio onipresente, elas estão em todos os lugares e a gente não consegue escapar delas! Meu Deus eu tento me esconder, mas elas estão por toda parte, nem adianta zapear por todos os canais da TV (onipresença, lembra?). Algo meio “Cuidado com a cuca que a cuca te pega te pega daqui te pega de lá”. É tenso. Tome cuidado. Isso tende a piorar.

Marília Dalenogare

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um filme para não se apagar da mente




"Feliz é a inocente vestal. Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Toda prece é ouvida, toda graça é alcançada" (Alexander Pope).
Existe uma obra- prima solta pelas locadoras que pelo seu nome alternativo não é admirada por todos, é o filme Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças um filme genial de Michel Gondry e Charlie Kaufman, diretor e roteirista respectivamente.
Let’s go! Vamos falar dele (cuidado o texto tem alguns spoilers) o filme conta a história de Joel, interpretado por Jim Carey (não é uma comédia), e Clementine interpretada por Kate Winslet. A história é meio confusa e tem a sua parte surreal, bem maluca (a cara de Gondry), no filme Joel e Clementine se encontram, se apaixonam e por diversos conflitos e diferença de personalidade que vai sendo descoberta aos poucos Clementine procura uma clínica para apagar Joel da sua memória, ela o faz e Joel acaba descobrindo após procura-la e ela reagir como se não o conhecesse. Ele procura saber o que aconteceu e descobre o procedimento, vai até a tal clínica e decide apagar Clementine também da sua mente, uma coisa meio toma-lá-da-cá, ele cata todas as coisas que lembram ela da sua casa e marca o procedimento, porém enquanto Clementine está sendo apagada da sua mente, Joel percebe que não quer esquecer dela, ele não quer tirar ela da sua cabeça e perder as partes boas que os dois viveram juntos, é aí que começa uma viagem mental na cabeça de Joel tentando preservar as suas memórias. Quando ele percebe que pode perder tudo o que viveram rola no filme um momento ótimo de tentar aproveitar os últimos momentos juntos. “- Daqui a pouco vai acabar. - Eu sei. - E o que fazemos? - Aproveitamos.”
O filme é incrível, eu sei que fica meio difícil não parecer loco e sem nexo com toda essa parte de procedimento para apagar lembranças, mas não é, mesmo que tenha uma parte ficcional, ele é muito real e nos mostra desgastes de relação e tentativas de escape tão comuns para todos.
Ele é um filme de uma sensibilidade ímpar, o qual trata de acontecimentos tão rotineiros que parece a nossa história ali na tela, afinal quem nunca quis apagar da memória alguém que lhe fez sofrer? Ou um relacionamento que não deu certo? Até porque no começo de todos os relacionamentos só são ressaltadas as qualidades e é com o tempo que os defeitos vão aparecendo e se infiltrando na relação como erva-daninha. Foi por isso que Joel e Clementine passaram. Olha que coisa mais normal! Isso que torna o filme incrível, mesclar partes surreais e fantasiosas com acontecimentos normais. O resultado é essa obra. Esse filme é uma grande sacada.
Fica aí uma dica cinematográfica, pra quem aprecia a sétima arte.

"Você ama quem você ama, não importa porque você ama".


Postado por Marília.

domingo, 4 de julho de 2010

Uma pequena homenagem póstuma




Pequena não por não ser verdadeira, mas por ser mínima em relação a todas as que já foram feitas. Não tem como não abrir um parêntese nesse blog para deixar aqui registrado a homenagem de uma fã de Heath Ledger.
Com certeza depois da morte e da atuação dele em Darknight muitas homenagens póstumas foram feitas, porém poucas pessoas se lembram dos poucos, mas ótimos papéis que ele já fez em sua carreira interrompida. Ele trilhou um caminho antes de ganhar o Oscar.
O que é Heath Ledger em “10 coisas que eu odeio em você”? Um filme onde ele está simplesmente adorável no papel de um garoto meio anti-social metido a durão, mas que na verdade se esconde por detrás dessa imagem de bad boy. Ou em “O segredo de brouckback mountain” onde ele interpreta um cara fechado e meio machão que acaba se envolvendo em uma relação homossexual, onde Heath consegue demonstrar a confusão por detrás dessa escolha, de uma forma verdadeira e com sensibilidade, que nunca deixa passar para uma imagem feminina, ele é um homem gay, e só, (comentei somente sobre esses porque são meus preferidos) E em outros inúmeros filmes como Coração de Cavaleiro, Candy, Os irmãos Grimm, Não estou lá, o recente Mundo Imaginário do Doutor Parnassus, entre outros.
E agora claro o que merece um parágrafo especial é o Coringa, em Batman - O Cavaleiro das Trevas, não tem o que dizer sobre ele, o que falar sobre um personagem perfeito, que dá a entonação certa para um louco, nos fazendo gostar dele, mesmo com atitudes más (eu prefiro muito mais ele do que o batman), aquele ar debochado que ele imprime no personagem, nos faz ver um ser humano atrás daquela maquiagem, um ser humano inteligente e perceptivo, que entende a sociedade melhor do que ninguém, mas que é tratado como doente. Sinceramente não consigo pensar em outro ator para interpretar o coringa (desculpa Jack Nicholson, você é demais, porém o Coringa é ele, não adianta).
Isso é ser celebridade, isso é ser célebre, despertar nas pessoas emoções diversas e nos fazer querer ser que nem ele. Tinha algo nele que parecia tão natural, ele era tão normal, aquele normal que parece que você vai encontrar ele na padaria qualquer hora dessas, ele não tinha pompa de celebridade e quando atuava ele se transportava para outro patamar.
Como diz a comunidade Heath Ledger: “Como alguém poderia achar dez coisas pra odiar em você? Nós não encontramos nenhuma”.
Eu sei que isso parece rasgação de seda, ok, mas o que mais eu poderia falar diante do meu ator preferido e que poderia ter nos proporcionado muito mais, eu admito é tietagem mesmo, é só o que eu posso falar diante de uma vida de sucesso interrompida!
Nossa isso ficou muito clichê! Dane-se, está registrada a minha homenagem.

Marilia

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Orgulho nacional?


É engraçado como em tempo de Copa do Mundo todo mundo vira brasileiro e super patriota, como as pessoas conseguem esquecer dos problemas pelos quais elas reclamavam antes e somente viver o sonho do hexa. Bandeirinhas e vuvuzelas não pararam nas prateleiras.
Pois é, agora o sonho acabou, o Brasil está fora da Copa e aí as críticas já estão prontas? A sua camisa verde e amarela já foi escondida no armário e você já arrancou a bandeirinha da sua sacada? Acredito que sim.
Nos problemas e nas dificuldades todo mundo julga e critica o país, mas isso é totalmente esquecido quando a esperança de ganhar um título paira sobre o Brasil.
Está na hora de sair de cima do muro, ou você gosta ou não, sem condições. Mas tudo bem, agora essas pessoas que criticavam o país já podem dizer “eu já sabia”, que tudo volta a ser como antes, ninguém vai ver que você torceu muito até o final dos 47.

Marilia