sexta-feira, 6 de maio de 2011

OBRIGADA, MAIS POR FAVOR?




Em uma dessas minhas super conexões dentro do Filmow, muitos links e aquela teia onde a gente entra para ver um filme, daí ve o que aquele ator fez, entra em algum filme dele daí já vai para outro ator, e daí você nem sabe por onde começou naquele site do demônio para quem gosta de cinema. Foi assim. Foi assim que eu descobri um dos filmes que mais me agradaram ultimamente. Na verdade eu parti de um ponto, pois o protagonista, o roteirista e o diretor são a mesma pessoa, um ator que eu gosto de uma série que eu gosto, ele é o Ted de How I Met Your Mother, o nome real dele é Josh Radnor, e o filme do qual eu vou falar é “Happy thank you more please”, é isso mesmo o nome do filme, por enquanto sem tradução ainda, na verdade tenho um pouco de medo do que eles podem fazer com um título assim. Meio tenso.
Mas vamos ao filme, ele é um filme ou do ano passado ou do começo desse ano, não sei bem, pois achei dados diferentes na internet, um filme que acontece em New York (primeiro ponto positivo), não tem muitos atores famosos e conta a história de Sam Wexley um escritor de contos, que está tentando vender romances, e que acaba tendo encontrando um garoto perdido no metrô ao ir para uma entrevista de emprego. Na tentativa de conciliar a sua entrevista e devolver o garoto para sua família ele acaba fazendo tudo errado e fica com o garoto, sempre com o intuito de devolver a criança para a assistência social mas protelando isso e se apegando cada vez mais ao garoto. Em meio a isso ele ainda conhece uma garçonete/cantora em um bar e tenta iniciar um relacionamento com ela. Além do garoto e da cantora, Sam ainda tem uma melhor amiga que vive chorando suas pitangas para ele. Basicamente no filme todo Sam busca achar um caminho, tanto para a criança, para a namorada e para a amiga. Fora todos esses personagens mais ligados, o filme ainda tem um espaço para outro jovem casal, amigos de Sam também, mas nem tanto, casal esse que descobre que cresceu e que a hora de pensar no futuro é agora.
Além do longa ter uma fotografia legal, nos mostrando partes de New York, de ser um filme simples, onde a história contada não tem enrolação, são relacionamentos complexos que o filme apresenta, mas complexos por causa dos personagens, eles são complexos, por tudo o que viveram e pelo modo que ainda vivem, mas o filme em si, o roteiro, não complica nada, deixa tudo muito frouxo (no bom sentido), onde as coisas vão acontecendo como tem de acontecer, sem grandes viradas e grandes transformações, mas com adaptações dos personagens para certos tipos de relacionamentos, eles simplesmente não mudam completamente no filme, seu caráter, sua personalidade, como em outros longas, eles se encaixam, se adaptam as outras pessoas com as quais eles querem viver.
Ao invés de nos forçar aqueles personagens bizarros garganta a baixo Josh Radnor, como roteirista do filme, nos cativa com eles, pela suas inseguranças, pelo medo de mudar e de sofrer que eles mostram ao encontrar alguma situação com a qual eles não estão acostumados.
Não tem como não gostar desse filme. Não tem como não ficar torcendo para Sam superar seu medo a compromissos sérios, seu medo do desconhecido que acaba tornando-se conhecido a ele através do seu relacionamento com o garoto. Como em uma cena a namorada dele nos diz que ela quer um romance, e ele só pode oferecer um conto. Algo assim.
E quando o filme acaba, ele poderia ter continuado, pois com a resolução daqueles problemas, novos virão, e depois outros, é assim que acontece na nossa vida e é assim que acontece na vida de Sam.

Marília Dalenogare.

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